quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

João sem Medo :-O

Havia uma vez um pai que tinha dois filhos, o maior era calmo em prudente, e podia fazer qualquer coisa. Mas o jovem era estúpido e não conseguia aprender nem entender nada, e quando o povo o via passar diziam:- Este rapaz dará problemas a seu pai.Quando se tinha que fazer algo, era sempre o maior que tinha que fazer,mas se o pai o mandava trazer algo quando era tarde ou no meio da noite, e o caminho o conduzia através do cemitério ou algum outro lugar sombrio,reclamava:- Ah, não, pai! não irei, me dá pavor – pois tinha medo.Quando se contavam historias ao redor do fogo que colocava a carne de galinha pra assar, os ouvintes algumas vezes diziam:- Me dá medo!O rapaz se sentava numa canto e escutava os demais, mas não podia imaginar o que era ter medo:- Sempre dizem: “Me dá medo”, “Me causa pavor”. - pensava - Essa deve ser uma habilidade que não compreendo.Ocorreu que o pai lhe disse um dia:- Escuta com atenção, estás ficando grande e forte, e deves aprender algo que te permita ganhar o pão.- Bem, pai - respondeu o jovem - a verdade é que há algo que quero aprender, se se pode ensinar. Gostaria de aprender a ter medo, não entendo de todo o que é isso.O irmão maior sorriu ao escutar aquilo e pensou: “Deus santo, que cabeça de minhoca é esse meu irmão. Nunca servirá para nada.O pai suspirou e respondeu: - logo aprenderás a ter medo, mas não se vive disso. Pouco depois o sacristão foi à casa de João, em visita, e o pai lhe contou que seu filho menor estava tão atrasado em qualquer coisa que não sabia nem aprendia nada. - Veja – disse o pai - quando perguntei como ia ganhar a vida,me disse que queria aprender a ter medo.- Se isso é tudo. - respondeu o sacristão - pode aprender comigo. Mande-oa mim.

O pai estava contente de enviar seu filho com o sacristão porque pensava que aquilo serviria para endireitar João. Então o sacristão tomou ao rapaz sob sua guarda em sua casa e tinha que tocar o sino da igreja. Um dia o sacristão acordou à meia-noite, e o fez levantar para ir À torre da igreja tocar o sino.“Logo aprenderás o que é ter medo” pensava o sacristão. E, sem que João se desse conta, levantou-se e subiu na torre. Quando o rapaz estava no alto da torre, e foi dar a volta para pegar a corda do sino e viu uma figura branca de pé,nas escadas do outro lado do poço da torre.- Quem está aí?- gritou o rapaz, mas a figura não respondeu nem se moveu.- Responde, - gritou o rapaz - o saia. Não perdeste nada aqui.O sacristão, sem dúvida, continuou de pé, imóvel, para que João pensas ser um fantasma. O rapaz gritou a segunda vez:- Que fazes aqui?. Diz o que queres ou te tirarei pelas escadas.O sacristão pensou que era onda de João e continuou paradão, quieto,como uma estátua. Então o rapaz avisou a terceira vez e como não serviu de nada, se jogou contra ele e empurrou o fantasma escada abaixo. O”fantasma”rodou dez degraus e caiu num canto. Então João fez soar o sino e se foi para casa e, sem dizer nada, voltou a dormir. A esposa do sacristão ficou esperando seu marido um bom tempo, mas ele não voltou. Ela ficou inquieta e acordou João.Perguntou:- Sabes onde está meu marido? Subiu na torre antes de ti.- Não sei - respondeu o rapaz - Mas alguém estava de pé no outro lado do poço da torre, e como não me respondia nem se ia, achei que era um ladrão e o joguei das escadas.A mulher saiu correndo e encontrou seu marido queixando-se no canto,um uma perna machucada. Depois de ajudá-lo, ela, chorando, foi ver o pai do rapaz.- Teu filho- gritava ela – causou um desastre. Jogou meu marido pelas escadas e quebrou-lhe a perna. Leva esse inútil de nossa casa.O pai estava aterrado e correu ao rapaz pra saber o que houve: - Que conversa foi essa?- Pai, - respondeu – escuta. Sou inocente. Ele estava ali, de pé, no meio da noite, como se fosse fazer algo mau. Não sabia quem era e pedi que falasse por três vezes. -Ah!- disse o pai - só me trazes desgosto. Sai da minha frente, não quero te ver mais.
- Sim, pai, como queiras, mas espera que seja dia. Então partirei para aprender o que é ter medo, e então aprenderei um ofício que me permita me sustentar.- Aprende o que quiseres- disse o pai – tanto faz. Aqui tens 50 moedas para ti. Pega e vai pelo mundo, mas não digas de onde vens e nem quem é teu pai. Tenho razões para me envergonhar de ti.– Sim, pai, farei isso. Se não for mais nada que isso, posso lembrar fácil.Assim que amanheceu, o rapaz colocou as 50 moedas no bolso e se foi pela estrada principal, dizendo continuamente:- Se pudesse ter medo, se soubesse o que é temer...Um homem se aproximou e ouviu o monólogo de João e, quando haviam caminhado um pouco mais longe, onde se viam os patíbulos, o homem disse: -Olha, ali está a árvore onde sete homens se casaram com a filha do açougueiro,e agora estão aprendendo a voar. Sente-se perto da árvore e espera o anoitecer,então aprenderás a ter medo.- Se isso é o que tenho a fazer, é fácil. - disse o jovem - Mas se aprendo ater medo tão rápido , te darei minhas 50 moedas. Volta amanhã de manhã bem cedo. Então o homem se foi e ele sentou ao lado da forca, e esperou até a noite.Como tinha frio, acendeu um fogo. À meia-noite, o vento soprava tão forte que,apesar do fogo, não conseguia se esquentar e como o vento fazia chocarem-se os enforcados entre si, e se balançavam, ele pensou: “Eu aqui, junto ao fogo, já sinto frio, imagino quanto devem estar sofrendo esses que estão aí em cima.”Como davam pena, levantou a escada, subiu e um a um os foi desatando e baixando. Então avivou o fogo e os dispôs ao redor para que se esquentassem.Mas ficaram sentados sem se mover e o fogo prendeu em suas roupas. Então o rapaz disse:- Tenham cuidado ou os subirei outra vez.Os enforcados, é lógico, não escutaram e permaneceram em silêncio,deixando seus farrapos queimarem.O jovem se zangou e disse: - se não querem ter cuidado, não posso ajudá-los e não me queimarei com vocês. E colocou-os de volta no lugar. Depois se sentou junto ao fogo e ficou dormindo. Na manhã seguinte o homem veio para pegar suas 50 moedas, lhe disse:- Bem, agora sabes o que é ter medo.- Não - disse o rapaz - como querias se os tipos lá de cima não abriram aboca?, e são tão idiotas que deixam que os poucos e velhos farrapos que vestiam-se queimem.
O homem, vendo que esse dia não ia conseguir as 50 moedas, se ajoelhou dizendo:- Nunca encontrei alguém assim.O jovem continuou seu rumo e outra vez começou a falar sozinho - se pudesse ter medo...Um carreteiro que andava por ali escutou e perguntou:- Quem és?- Não sei - respondeu o jovem.Então o carreteiro perguntou:- De onde és?- Não sei- respondeu o rapaz.- Quem é tu pai?- insistiu.- Não posso dizer - respondeu o rapaz.- Que é isso que estás sempre murmurando? - perguntou o carreteiro.- Ah, - respondeu o jovem – gostaria de aprender ter medo, mas nada me ensina.- Deixa de dizer bobagens - disse o carreteiro - Vamos, vem comigo, e encontrarei um lugar para ti.O jovem foi com o carreteiro e, ao anoitecer, chegaram a uma pousada onde iriam passar a noite. Na entrada do salão o jovem disse, bem alto:- Se pudesse ter medo...O pousadeiro escutou e rindo disse:- Se isso é o que queres, saiba que aqui encontras uma boa oportunidade.- Cala-te, - disse a dona da pousada – muitos intrometidos já perderam sua vida, seria uma lástima se olhos tão bonitos não voltassem a ver a luz do dia.Mas o rapaz disse:- Não importa o tão difícil que seja, aprenderei, é por isso que tenho viajado tão longe. E não deixou em paz o dono da pensão até que ele contou que não longe dali havia um castelo encantando onde qualquer um poderia aprender com facilidade o que é ter medo se pudesse permanecer ali durante três noites. O rei havia prometido que qualquer um que conseguisse teria a mão de sua filha, que era a mulher mais bela sobre a qual havia brilhado o Sol. Por outro lado, no castelo há um grande tesouro, guardado por malvados espíritos.Esse tesouro seria libertado e fazia rico ao libertador. Ainda que alguns tivessem tentado, nenhum havia saído.Na manhã seguinte o jovem foi a ver o rei e disse: - Se me permitir,desejaria passar 3 noites no castelo encantado.O rei observou-o e como o jovem o agradava, disse:

- Podes pedir três coisas para levar contigo ao castelo, mas devem ser três objetos inanimados.Então o rapaz disse:- Pois quero um fogo, uma faca e uma tábua para cortar. - o rei fez que levassem essas coisas ao castelo durante o dia. Quando se aproximava a noite, o jovem foi ao castelo e acendeu um fogo brilhante numa das salas, pôs a tábua eo cutelo ao seu lado e se sentou junto ao torno – se pudesse ter medo – dizia –mas vejo que não aprenderei aqui.Era meia-noite e estava atiçando o fogo, e enquanto soprava, algo gritou de repente de um canto:- Miau, miau. Temos frio.- Tontos, - respondeu - por que se queixam, se têm frio venham sentar-se junto ao fogo.Quando disse isto 2 enormes gatos negros saíram dando um tremendo salto e se sentaram um de cada lado de João. Os gatos o olhavam com selvageria. Aos poucos, quando se aqueceram, disseram - Camarada, joguemos cartas.- Por que não? – disse o rapaz - Mas primeiro ensinem-me.Os gatos mostraram suas garras.- Oh!, - disse ele – tens unhas muitos compridas. Esperem que as corto num segundo.Então os pegou pelo pescoço, os colocou na tábua de cortas e lhes atou as patas rapidamente.- Depois de ver os dedos, - disse – me passou a vontade de jogar cartas.Logo os matou e os atirou na água. Mas quando se havia desfeito deles eia sentar-se junto ao fogo, de cada canto saíram cães e gatos negros, as concorrentes, e continuaram saindo até que não havia mais para onde se mover.Gritavam horrivelmente, esparramaram o fogo e apagaram-no. João observou tranquilamente durante uns instantes, mas quando estavam passando da conta,pegou a faca e gritou:- Fora daqui, sacanas - e começou a esfaqueá-los. Alguns fugiram,enquanto que os que matou, jogou ao fogo. Quando terminou não podia manter os olhos abertos por causa do sono. Olhou em volta e viu uma cama enorme.- Justo o que precisava- disse e se meteu nela. Quando estava para fechar os olhos a cama começou a se mover por si mesma e o levou por todo castelo.- Isto está bom - disse - mas vá mais rápido.Então a cama rodou como se seis cavalos a puxassem, acima e abaixo,pelos umbrais e escadarias. Mas de repente girou sobre si mesma e caiu sobre ele como uma montanha. João saiu debaixo da cama dizendo: - Hoje em dia
deixam qualquer um dirigir... E se foi para junto do fogo, onde dormiu até amanhã seguinte.Na manhã seguinte o rei foi vê-lo, e ao encontrá-lo atirado ao chão, pensou que os espíritos o haviam matado. Disse:- Depois de tudo é uma pena, um homem tão corajoso...O jovem o escutou, se levantou, e disse:- Não é para tanto.O rei estava perplexo, mas muito feliz, e perguntou como tinha sido.- A verdade é que bastante bem - disse – Já tinha passado uma noite, as outras serão do mesmo jeito.Foi ver o dono da pousada que, olhando com olhos do tamanho de pratos,disse:- Nunca pensei que voltaria a te ver com vida! Afinal, aprendeste a ter medo?- Não - respondeu - é inútil. se alguém me pudesse explicar...A segunda noite voltou ao velho castelo, se sentou junto ao fogo e uma vez mais começou a cantilena: - se pudesse ter medo... se pudesse ter medo...À meia-noite se escutou ao redor um grande barulho que parecia que o castelo vinha abaixo. No início se escutava baixinho, mas foi crescendo mais e mais. De repente, tudo ficou em silêncio e, de repente, com um grito, a metade de um homem caiu diante de João.- Ei, - gritou o jovem – falta-te a metade!Então o barulho começou de novo, se escutaram rugidos e gemidos e a outra metade caiu também.- Tranqüilo, - disse o jovem - vou avivar o fogo.Quando havia terminado e olhou ao redor, as duas metades haviam seu nido e um homem espantoso estava sentado no lugar de João.- Isso não entrava não trato, - disse ele - esse banco é meu.O homem tentou empurrá-lo, mas o jovem não o permitiu, então o empurrou com todas as forças e se sentou em seu lugar.Mais homens caíram do mezanino, um atrás do outro. Recolheram nove pernas humanas e duas caveiras e começaram a jogar com elas. João também quis jogar:- Escuta, posso jogar?- Se tens dinheiro, sim. - responderam eles.- Tenho - respondeu - Mas essas bolas não são redondas o bastante.Pegou as caveiras, colocou-as no torno e as arredondou.- Agora está muito melhor.
Hurra, - disseram os homens - agora nos divertiremos. Jogou com eles e perdeu algum dinheiro, mas guando deram as doze,todos desapareceram. Ele então se encostou e dormiu. Na manhã seguinte o rei foi ver como estava:- E aí, como foi desta vez? – perguntou.- Fiquei jogando bola, - respondeu - e perdi um par de moedas.- Então não tiveste medo? - perguntou o rei.- Quê? - disse – passei muitíssimo bem. O que realmente não aconteceu foi ter medo.Na terceira noite sentou-se em seu banco e entristecido, disse: - se pudesse ter medo...Quando ficou tarde, seis homens muito altos entraram trazendo consigo um caixão. E disseram ao jovem:- Hahahaha. É meu primo, que morreu há dois dias.Puseram o caixão no chão, abriram a tampa e se viu um cadáver caído em seu interior. O jovem tocou-o no rosto que estava frio como o gelo.- Espera, - disse - te aquecerei um pouco.Se foi ao fogo, esquentou as mãos e as colocou na cara do defunto, mas esta continuou fria. Tirou-o do ataúde, sentou-o junto ao fogo e o apoiou em seu peito mexendo seus braços para que o sangue circulasse de novo. Como isso também não funcionava, pensou: “Quando duas pessoas se metem na cama, sedão calor mutuamente.” Assim, levou-o para a cama e deitou junto dele. Logo o cadáver começou a se aquecer e a mover-se.O jovem disse:- Vês primo como te esquentei?O cadáver se levantou e disse: - Te estrangularei.- Como?, - disse o jovem – Assim que me agradeces? Pois voltas pro caixão agora mesmo.E o pegou pelo pescoço, jogou-o no caixão e fechou a tampa. Então os 6 homens vieram e levaram o caixão.- Não consigo aprender a ter medo – disse – Nunca em minha vida aprenderei.Um homem mais alto que os demais entrou e tinha um aspecto terrível.Era velho e tinha uma larga barba branca.- Pobre diabo, - gritou o velho – logo saberás o que é ter medo, porque vais morrer.- Não tão depressa - respondeu rapaz - que eu terei algo a dizer sobre isso.- Pronto acabarei contigo. - disse o demônio.- Pára com essas bobagens que sou tão forte como tu o até mais.
Vamos testar - disse o velho - se és mais forte, te deixo ir. Vem e comprovaremos.Levou-o através de paisagens escuras, até uma forja; ali o velho pegou uma enorme acha e de um talho partiu em dois.- Posso melhorar - disse o rapaz e pegou também uma acha e partiu-a de um talho e, aproveitou o quando partia a acha, talhou também a barba do velho.- Te venci - disse o jovem - agora vais morrer - e com uma barra de ferro golpeou o velho até que este começou a chorar e a pedir que parasse, que separasse lhe daria grandes riquezas.O jovem soltou a barra de ferro e o deixou livre. O velho o levou de novo ao castelo e num sótão mostrou-lhe três cofres cheios de ouro.- De tudo isto, - disse o velho – um é para os pobres, outro para o rei e o terceiro para ti.-Então deram as doze e o espírito desapareceu e o jovem ficou no escuro.Acho que posso encontrar a saída - disse o jovem. e tateando conseguiu encontrar o caminho até a saída onde estava o fogo e dormiu junto dele.Na manhã seguinte o rei foi vê-lo e disse:- Já deves ter aprendido o que é ter medo.- Não - disse – vi um morto e um homem com barba me deu um montão de dinheiro, mas nada me fez saber o que é ter medo.- Então, - disse o rei – salvaste o castelo e te casarás com minha filha.- Tudo isso é ótimo, - disse o jovem - mas sigo sem saber o que é ter medo.Repartiu-se o ouro e celebrou a boda. Mas por muito que quisesse a sua esposa e por muito feliz que fosse o jovem rei sempre dizia:- Se pudesse ter medo... se pudesse...Isso acabou por aborrecer sua esposa: - Encontrarei a cura, aprenderá a ter medo.Foi ao rio que atravessava o jardim e trouxe um cubo cheio de lambaris. À noite, quando João estava dormindo, sua esposa levantou as cobertas e jogou sobre ele a água fria com os lambaris, de maneira que os peixinhos começassem a saltar sobre ele, que despertou e gritou: “Que susto! Agora sei o que é me assustar.

João e Maria

Ás margens de uma extensa mata existia, há muito tempo, uma cabana pobre, feita de troncos de árvore, na qual morava um lenhador com sua segunda esposa e seus dois filhinhos, nascidos do primeiro casamento. O garoto chamava-se João e a menina, Maria.
A vida sempre fora difícil na casa do lenhador, mas naquela época as coisas haviam piorado ainda mais: não havia comida para todos.
Minha mulher, o que será de nós? Acabaremos todos por morrer de necessidade. E as crianças serão as primeiras.
- Há uma solução… - disse a madrasta, que era muito malvada. Amanhã daremos a João e Maria um pedaço de pão, depois os levaremos à mata e lá os abandonaremos.
O lenhador não queria nem ouvir falar de um plano tão cruel, mas a mulher, esperta e insistente, conseguiu convencê-lo.
No aposento ao lado, as duas crianças tinham escutado tudo, e Maria desatou a chorar.
- Não chore, tranqüilizou-a o irmão. Tenho uma idéia.
Esperou que os pais estivessem dormindo, saiu da cabana, catou um punhado de pedrinhas brancas que brilhavam ao clarão da lua e as escondeu no bolso. Depois voltou para a cama.
No dia seguinte, ao amanhecer, a madrasta acordou as crianças.
As crianças foram com o pai e a madrasta cortar lenha na floresta e lá foram abandonadas.
João havia marcado o caminho com as pedrinhas e, ao anoitecer, conseguiram voltar para casa.
O pai ficou contente, mas a madrasta, não. Mandou-os dormir e trancou a porta do quarto. Como era malvada, ela planejou levá-los ainda mais longe no dia seguinte.
João ouviu a madrasta novamente convencendo o pai a abandoná-los, mas desta vez não conseguiu sair do quarto para apanhar as pedrinhas, pois sua madrasta havia trancado a porta. Maria desesperada só chorava. João pediu-lhe para ficar calma e ter fé em Deus.
Antes de saírem para o passeio, receberam para comer um pedaço de pão velho. João, em vez de comer o pão, guardou-o.
Ao caminhar para a floresta, João jogava as migalhas de pão no chão, para marcar o caminho da volta.
Chegando a uma clareira, a madrasta ordenou que esperassem até que ela colhesse algumas frutas, por ali. Mas eles esperaram em vão. Ela os tinha abandonado mesmo!
- Não chore Maria, disse João. Agora, só temos é que seguir a trilha que eu fiz até aqui e ela está toda marcada com as migalhas do pão.
Só que os passarinhos tinham comido todas as migalhas de pão deixadas no caminho.
As crianças andaram muito até que chegaram a uma casinha toda feita com chocolate, biscoitos e doces. Famintos, correram e começaram a comer.
De repente, apareceu uma velhinha, dizendo: - Entrem, entrem, entrem, que lá dentro tem muito mais para vocês.
Mas a velhinha era uma bruxa que os deixou comer bastante até cair no sono em confortáveis caminhas.
Quando as crianças acordaram, achavam que estavam no céu, parecia tudo perfeito.
Porém a velhinha era uma bruxa malvada que e aprisionou João numa jaula para que ele engordasse. Ela queria devorá-lo bem gordo. E fez da pobre e indefesa Maria, sua escrava.
Todos os dias João tinha que mostrar o dedo para que ela sentisse se ele estava engordando. O menino, muito esperto, percebendo que a bruxa enxergava pouco, mostrava-lhe um ossinho de galinha. E ela ficava furiosa, reclamava com Maria:
- Esse menino, não há meio de engordar.
- Dê mais comida para ele!
Passaram-se alguns dias até que numa manhã assim que a bruxa acordou, cansada de tanto esperar, foi logo gritando:
Entre e veja se o forno está bem quente para que eu possa colocar o pão.
A bruxa pretendia fechar o forno quando Maria estivesse lá dentro, para assá-la e comê-la também, mas Maria percebeu a intenção da bruxa e disse:
- Ih! Como posso entrar no forno, não sei como fazer?
- Menina boba! - disse a bruxa. Há espaço suficiente, até eu poderia passar por ela.
A bruxa se aproximou e colocou a cabeça dentro do forno. Maria, então, deu-lhe um empurrão e ela caiu lá dentro. A menina, então, rapidamente trancou a porta do forno deixando que a bruxa morresse queimada.
Maria foi direto libertar seu irmão.
Estavam muito felizes e tiveram a ideia de pegarem o tesouro que a bruxa guardava e ainda algumas guloseimas .
Encheram seus bolsos com tudo que conseguiram e partiram rumo a floresta.
Depois de muito andarem atravessaram um grande lago com a ajuda de um cisne.
Andaram mais um pouco e começaram a reconhecer o caminho e viram ao longe a pequena cabana do pai.
Ao chegarem na cabana encontraram o pai triste e arrependido. A madrasta havia morrido de fome e o pai estava desesperado com o que fez com os filhos.
Quando os viu, o pai ficou muito feliz e foi correndo abraçá-los. Joãozinho e Maria mostraram-lhe toda a fortuna que traziam nos seus bolsos, agora não haveria mais preocupação com dinheiro e comida e assim foram felizes para sempre.
- Hoje eu vou fazer uma festança. Maria ponha um caldeirão bem grande, com água até a boca para ferver e dê bastante comida paro seu o irmão, pois é hoje que eu vou comê-lo ensopado.
Assustada, Maria começou a chorar.
- Acenderei o forno também, pois farei um pão para acompanhar o ensopado, a bruxa falou.
Ela empurrou Maria para perto do forno e disse:
Entre e veja se o forno está bem quente para que eu possa colocar o pão.
A bruxa pretendia fechar o forno quando Maria estivesse lá dentro, para assá-la e comê-la também, mas Maria percebeu a intenção da bruxa e disse:
- Ih! Como posso entrar no forno, não sei como fazer?
- Menina boba! - disse a bruxa. Há espaço suficiente, até eu poderia passar por ela.
A bruxa se aproximou e colocou a cabeça dentro do forno. Maria, então, deu-lhe um empurrão e ela caiu lá dentro. A menina, então, rapidamente trancou a porta do forno deixando que a bruxa morresse queimada.
Maria foi direto libertar seu irmão.
Estavam muito felizes e tiveram a idéia de pegarem o tesouro que a bruxa guardava e ainda algumas guloseimas .
Encheram seus bolsos com tudo que conseguiram e partiram rumo a floresta.
Depois de muito andarem atravessaram um grande lago com a ajuda de um cisne.
Andaram mais um pouco e começaram a reconhecer o caminho e viram ao longe a pequena cabana do pai.
Ao chegarem na cabana encontraram o pai triste e arrependido. A madrasta havia morrido de fome e o pai estava desesperado com o que fez com os filhos.
Quando os viu, o pai ficou muito feliz e foi correndo abraçá-los. Joãozinho e Maria mostraram-lhe toda a fortuna que traziam nos seus bolsos, agora não haveria mais preocupação com dinheiro e comida e assim foram felizes para sempre.

Melhores de 2013

Olá pessoal! Aqui colocarei alguns dos meus filmes prediletos e mais assistidos de 2013 inspirados em alguns contos de fadas!
1º  A branca de Neve e o Caçador
2º Encantada
3º Outro conto da nova Cinderela
4º Deu a louca na Cinderela
5º A garota da capa Vermelha
6° João e Maria caçadores de Bruxas